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Entenda o que é CUB e qual é sua função na construção civil

12/02/2024

Uma obra envolve vários índices e cálculos, que aparecem desde o orçamento e o planejamento na etapa de projetos até o gerenciamento durante a construção em si. Um deles é o Custo Unitário Básico, mais conhecido como CUB. Ele é considerado um dos principais indicadores da construção civil, pois funciona como parâmetro de custos para o setor.

Mas não é só isso. Os dados do CUB também abastecem indicadores macroeconômicos, como a inflação. Isso porque eles resumem a evolução de preços relativos a produtos e serviços necessários à atividade e, ainda, interferem na precificação dos imóveis.

Para entender melhor o que significa o CUB para a construção civil e como ele se consolidou no mercado, continue lendo este artigo!

O que é CUB?

Instituído em 1964, pela Lei 4.591, o objetivo do CUB é equilibrar a formação de preços do mercado imobiliário, permitindo que o custo de um projeto seja estimado com maior precisão. De acordo com a legislação, o indicador deve ser calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) todos os meses e divulgado até o dia 5, levando em consideração os preços de produtos e serviços associados à atividade para cada região de atuação sindical.

O CUB estabelece o custo global da obra, auxiliando o mercado da incorporação imobiliária a ter um parâmetro na determinação dos custos dos imóveis. Atualmente, a variação percentual mensal deste indicador tem servido como mecanismo de reajuste de preços em contratos de compra de apartamentos em construção e até mesmo como índice macroeconômico setorial, pois sua evolução demonstra os custos das edificações de forma geral.

O seu preço básico é determinado por metro quadrado (CUB/m²) e a apuração dos valores tem como referência projetos-padrão, que estão relacionados à categoria de construção civil que será realizada, incluindo número de pavimentos e de dependências por unidade, o total de unidades e o padrão de acabamento da construção. Sendo assim, os projetos-padrão podem ser:

  • Residência unifamiliar (R1)
  • Prédio popular (PP4)
  • Residência multifamiliar (R8 e R16)
  • Projeto de interesse social (PIS)
  • Residência popular (RP1Q)
  • Projeto comercial de andares livres (CAL8)
  • Projeto comercial de salas e lojas (CSL8 e CSL16)
  • Galpão industrial (GI)

Agora que está claro o que é o CUB e sua importância dentro do setor da construção civil, está na hora de vermos como é feito esse cálculo.

Como calcular o CUB?

Para começar, é necessário entender que o CUB não é um número absoluto, que vai fazer com que você chegue aos centavos exatos do custo total de uma obra. Aliás, não existe uma fórmula mágica para que se alcance exatamente o valor final de um empreendimento. O CUB vai, sim, auxiliar na redução de desvios. Ele vai dar uma base, uma ideia geral do quanto será necessário para cumprir com o planejado.

Atualmente, os critérios usados para o cálculo do CUB são definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por meio da NBR 12721:2006. Segundo a norma, os seguintes itens precisam entrar no cálculo:

  • Materiais de construção: concreto, cimento, fechaduras, areia, vidro, entre outros;
  • Salários: remuneração de pedreiros, serventes, carpinteiros, entre outros envolvidos diretamente na obra;
  • Despesas administrativas: geralmente ligadas aos custos com engenheiro;
  • Equipamentos: gastos com aluguel de máquinas, como betoneiras e guindastes, por exemplo.

Como pode ser observado, há alguns produtos e serviços que não estão na lista, certo? Isso significa que não devem entrar na conta. São eles: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático, elevadores, equipamentos e instalações (fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão), projetos arquitetônicos, estruturais, de instalação e especiais, remuneração do construtor e do incorporador, entre outros.

Diante disso, o cálculo do CUB fica assim:

CUB = (materiais + mão de obra + equipamentos) / área construída

O resultado deste cálculo é a relação R$/m². Sabendo fazer uso desta informação, é possível ter noção do valor total de uma obra antes mesmo da elaboração do projeto executivo. Assim, tem-se mais facilidade para estimar o custo de uma construção e fazer reajustes nos preços contratuais. Porém, lembre-se sempre que os valores de referência usados pelo mercado, como já falamos, são feitos pelo Sinduscon de cada região e podem ser consultados no site das entidades.

Esperamos que o conteúdo deste artigo contribua com o seu dia a dia e convidamos você a continuar acompanhando o nosso blog! Por aqui, vamos compartilhar periodicamente informações sobre o mercado imobiliário, novidades que envolvem a construção civil e também expor os atuais e futuros empreendimentos da construtora. E, claro, se tiver algum assunto que você queira ver neste espaço, deixe sua sugestão em nossas redes sociais!